Em Dezembro próximo um dos vinhos mais velhos e raros será apresentado – em quantidades limitadas – para gáudio de colecionadores e apreciadores do mundo inteiro.

Taylor’s SCION é um Vinho do Porto pré-filoxérico produzido em meados do século XIX, notável não só pela sua raridade e importância histórica, mas também pelo fato de, após 155 anos de envelhecimento em casco, o vinho estar em perfeitas condições.

A admirável forma como enfrentou a passagem do tempo fazem da sua descoberta um marco na história do vinho. O SCION é um dos raros sobreviventes do período pré-filoxérico, é um monumento a uma era perdida. Vinhos como o SCION nunca mais serão feitos.

 

Foi em 2008 que David Guimaraens, enólogo da Taylor’s, provou este vinho que repousava num armazém de uma distinta família do Douro que o mantinha como reserva privada, com a excepção de um casco que dizem ter sido adquirido por Winston Churchill.

Em 2009, o único descendente direto da família morreu sem deixar filhos, tendo os seus herdeiros decidido vender o vinho. A Taylor's adquiriu amostras dos dois cascos e constatou que as quinze décadas de envelhecimento em madeira tinham-no concentrado e conferido uma complexidade mágica. Tornara-se uma essência sublime.

"A Taylor’s reconheceu de imediato a qualidade absolutamente notável deste vinho e a sua importância histórica pelo que decidiu não o lotar, mas lançá-lo como um vinho de coleção,” refere Adrian Bridge, Director-Geral da Taylor's. "No vinho, como em outros campos de atividade, é uma vantagem reconhecer o sucesso de outros, bem como o é alcançá-lo,” acrescentou.

 

Taylor’s SCION é apresentado numa embalagem especial que recorda o período em que este Porto de 155 anos foi feito. Inspirado numa caixa de instrumentos do século XIX, tem detalhes artísticos que muito enobrecem o produto. O decanter de cristal que contém o SCION tem desenho exclusivo e foi soprado manualmente. Na tampa desta elegante caixa encontra-se uma edição limitada de um livro que conta a história do SCION e da sua fantástica viagem através do tempo. Ilustrado com desenhos originais da reconhecida ilustradora Sarah Coleman, este livro é só por si um objecto de colecção. A capa ostenta a gravação a ouro da palavra SCION numa fonte histórica Portuguesa de 1874. Outros detalhes tais como dourados, guardas em papel marmoreado e fita marcadora típicos da época, não foram esquecidos.

Um vinho como SCION pode nunca mais ser encontrado e por isso representa uma oportunidade que poderá não se repetir.

Notas de Prova: De cor mogno profundo apresenta uma auréola âmbar pálida com subtis reflexos azeitona. O vinho envolve o nariz com uma sublime e arrebatadora fusão de opulentos e sedutores aromas. Intenso perfume de melaço e figo envolvido por complexas notas de café torrado, folha de charuto, pimenta preta e cedro combinadas num arrebatador mas discreto odor de madeira de carvalho. Concentrado a uma quinta-essência mágica, o vinho envolve o palato com opulentos e deliciosos sabores, entrelaçados com uma acidez vibrante. Ricos e suaves sabores de uma intensidade surpreendente persistem num fim de boca interminável.

Porquê o Nome SCION: A palavra Scion tem dois significados: o descendente ou herdeiro de uma família nobre e garfo de uma planta, especialmente utilizado para a enxertia.

Sobre a Filoxera A Filoxera é um insecto originário da América, introduzido na Europa na segunda metade do séc. XIX, ao qual as videiras europeias não são resistentes. Em 1870, já a Região Demarcada do Douro se encontrava seriamente afectada pela praga e, na década de 1891-1900, todo o país estava invadido, assim como, toda a Europa.

 

A solução encontrada foi a introdução da enxertia de castas nacionais sobre porta-enxertos americanos que são resistentes a este insecto, transformando indelevelmente a vitivinicultura europeia.